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Equity: entenda como funciona o investimento em participação nas empresas

Equity, conhecido como participação acionária, refere-se à propriedade de uma parte de uma empresa ou negócio. Saiba o que é e como funciona essa aplicação.

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Data de publicação
17 de maio de 2023
Imagem de uma tela com gráficos representando o Equity.

Com a expansão do mercado financeiro por conta da tecnologia surgiram diversas modalidades de investimento que se tornaram mais acessíveis para investidores, sendo uma delas, o Equity.

Vale dizer que Equity em seu sentido literal nada mais é que adquirir uma participação acionária em um determinado investimento, entretanto, também pode ser compreendido por um investimento em empresas que estejam iniciando.

O que é equity?

Equity, também conhecido como participação acionária ou patrimônio líquido, refere-se à propriedade de uma parte de uma empresa ou negócio. Em outras palavras, é o valor residual dos ativos da empresa depois de deduzir todas as suas dívidas e passivos.

Quando alguém investe nesta modalidade, está adquirindo uma participação societária da empresa, geralmente na forma de ações ou quotas.

Essa participação pode gerar retorno para o investidor na forma de dividendos ou aumento no valor das ações/quotas ao longo do tempo, à medida que a empresa cresce e se torna mais valiosa.

Ainda que o conceito seja muito usado na análise de balanço das empresas, a ideia pode também ser aplicada no contexto das finanças pessoais de um investidor, e é usado para atribuir um investimento em uma empresa em estágio inicial.

Qual investimento pode ser considerado equity?

Em vista do que falamos, o equity pode ser considerado um investimento em projetos em estágios iniciais, onde o investidor aloca o capital em uma empresa em troca de uma participação no lucro dela.

Essa participação pode ser representada por ações ou quotas, dependendo da estrutura legal da organização e pode ser feita tanto por um investidor como pessoa física, como também por um fundo de investimento, fundo de venture capital, etc.

Quais são os tipos de equity?

Existem vários tipos de equity, sendo que os principais e mais conhecidos são o equity crowdfunding, home equity e Brand Equity.

Equity Crowdfunding

O Equity Crowdfunding como o próprio nome sugere refere-se a um financiamento coletivo, ou seja, um grupo de pessoas se tornam sócios de uma empresa em um determinado projeto, seja ele de pequeno ou médio porte.

Para isso, é necessário existir uma autorização da CVM, para que ocorra o procedimento de financiamento. Esse é um tipo que possibilita a investidores menores entrarem em um projeto com menos capital.

Home Equity

O Home Equity pode ser considerado um tipo de empréstimo, uma vez que há uma garantia de imóvel. Ainda que não seja muito comum no Brasil, essa é uma modalidade bastante difundida nos Estados Unidos e Europa.

Nesse caso, a propriedade do imóvel vai para o investidor que está aplicando o dinheiro, e o empreendedor paga uma taxa de juros mais baixa até que o valor seja quitado, e então o imóvel volta a ser propriedade do empresário.

Brand Equity

Esse é um tipo de Equity que envolve a percepção de valores, ou seja, é um tipo menos intangível no momento de investir. Por exemplo, quando você vai investir em uma empresa como Apple ou Coca-Cola, uma parte do valor delas é a marca.

Assim sendo, a negociação em uma empresa também envolve o valor que os empreendedores acreditam que a marca vale.

Private equity x Venture Capital: qual a diferença?

Embora ambos os termos estejam relacionados a investimentos em empresas privadas em troca de participação acionária, existem algumas diferenças fundamentais entre eles. Mostraremos abaixo cada uma delas.

Estágio das empresas

A principal diferença entre Private Equity e Venture Capital está no estágio de desenvolvimento das empresas em que eles investem.

Os fundos de Private geralmente investem em empresas maduras e estabelecidas que buscam recursos para expansão, reestruturação, consolidação ou aquisições.

Por outro lado, os fundos de Venture Capital focam em startups e empresas em estágios iniciais de desenvolvimento que apresentam alto potencial de crescimento.

Tamanho do investimento

Os investimentos de Private normalmente envolvem grandes quantias, uma vez que as empresas-alvo são mais maduras e necessitam de recursos significativos para suas operações.

Por outro lado, os investimentos de Venture Capital tendem a ser menores, pois as startups em estágio inicial normalmente requerem menos capital para crescer.

Estratégia de investimento

Os fundos de Private frequentemente buscam adquirir uma participação majoritária ou controle da empresa, permitindo que tenham influência direta na gestão e tomada de decisões.

Já os fundos de Venture Capital costumam adquirir participações minoritárias, sem necessariamente ter controle sobre o negócio, mas muitas vezes contribuem com conhecimento, experiência e conexões para ajudar no crescimento.

Horizonte de investimento

Os investimentos de Private tendem a ter um horizonte de investimento mais longo, variando de 5 a 7 anos ou mais, enquanto os fundos de Venture Capital podem ter horizontes mais curtos, dependendo do estágio da empresa.

Estrutura e retorno

Os fundos de Private comumente buscam retorno através da reestruturação e melhoria da eficiência operacional das empresas investidas, enquanto os fundos de Venture Capital buscam retorno através do crescimento e valorização das startups, que podem se tornar empresas de sucesso e gerar ganhos significativos.

Como investir em equity?

A forma mais comum de investimentos, tanto no Brasil quanto em outros países, é através de um fundo de private equity. Todavia, antes de decidir pelo investimento é crucial avaliar em quais empresas o fundo investe.

Outra forma que está se popularizando bastante e democratizando o acesso a esse tipo de investimentos é por meio do Equity Crowdfunding como mostramos acima.

Entretanto, neste último caso, o foco do investimento é geralmente startups em estágio inicial, que apesar de possuírem um grande potencial de crescimento, também tendem a ter riscos maiores.

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