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Tributação sobre juros sobre capital próprio (JCP): saiba como funciona

A Tributação sobre juros sobre capital próprio (JCP) acontece diretamente na fonte, sendo essa opção vantajosa para a empresa. Saiba como ela funciona.

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Data de publicação
4 de março de 2024
Imagem com notas de dinheiro para representar a tributação dos juros sobre capital próprio (JCP).

A tributação dos juros sobre capital próprio (JCP), ainda que seja feita pela empresa, é motivo de muitas dúvidas por parte dos investidores.

Os JCP são uma forma de remuneração aos acionistas de uma empresa. A tributação dos juros sobre capital próprio (JCP) é um tema de grande importância para investidores e para a própria empresa, uma vez que a forma como eles são tributados pode influenciar a decisão de distribuí-los ou não.

O que são os juros sobre capital próprio (JCP)?

Juros sobre Capital Próprio (JCP) é um mecanismo utilizado pelas empresas para remunerar seus acionistas, assim como os dividendos.

Esse tipo de distribuição de lucros é uma alternativa interessante para as companhias, pois possui vantagens tributárias tanto para as organizações quanto para os investidores.

Ao contrário dos dividendos, que são isentos de imposto de renda para os investidores pessoa física, os JCP estão sujeitos à tributação.

No entanto, as empresas podem deduzir os valores pagos a título de JCP de sua base de cálculo do imposto de renda, o que pode resultar em economia tributária para a companhia.

Os JCP são calculados com base em uma taxa de juros predeterminada, aplicada sobre o capital próprio da empresa, que é composto pelo patrimônio líquido e outras contas patrimoniais.

Os valores pagos aos acionistas são proporcionais à quantidade de ações que possuem e acontecem periodicamente, conforme estabelecido pela companhia.

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Como funciona a tributação sobre juros sobre capital próprio (JCP)?

A tributação dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) ocorre tanto do lado da empresa quanto do acionista e funciona da seguinte maneira:

Empresa

A principal vantagem tributária para a empresa é que ela pode deduzir os valores pagos a título de JCP de sua base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Dessa forma, a companhia diminui seu lucro tributável e, consequentemente, reduz o montante de impostos a serem pagos. Por isso, há um limite de distribuição de Juros sobre Capital Próprio que uma empresa pode efetuar.

Acionista

Os JCP são tributados na fonte, ou seja, a empresa já retém o Imposto de Renda (IR) sobre esses valores antes de distribuí-los aos acionistas.

É importante destacar que, diferentemente dos dividendos, que são isentos de imposto de renda para investidores pessoa física, os JCP são tributados.

No entanto, mesmo com a incidência do imposto, o JCP pode ser vantajoso para os acionistas, pois a economia tributária obtida pela empresa pode resultar em uma maior distribuição de lucros.

Quais são as alíquotas de tributação dos juros sobre capital próprio (JCP)?

As alíquotas de tributação dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) variam conforme o tipo e a residência do acionista. No caso de investidores pessoa física e jurídica residentes no Brasil, a alíquota é a seguinte:

  • 15%: aplicada sobre o valor do JCP recebido pelos investidores residentes no Brasil. Essa alíquota é retida na fonte, ou seja, a empresa é responsável por reter e recolher o Imposto de Renda (IR) antes de distribuir o valor líquido aos acionistas.

Para os acionistas residentes no exterior, a alíquota de tributação pode variar de acordo com o país de residência e os tratados internacionais para evitar a bitributação:

  • Alíquota padrão de 15%: aplicada para países com os quais o Brasil possui acordo.
  • Alíquota de até 25%: aplicada para acionistas residentes em países com os quais o Brasil não possui acordo.

Como a tributação dos juros sobre capital próprio (JCP) é recolhida?

A tributação dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) é recolhida na forma de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).

Isso significa que a própria empresa, antes de efetuar a distribuição dos JCP aos acionistas, é responsável por reter e recolher o imposto devido. Veja o processo passo a passo:

  1. A empresa anuncia a distribuição dos JCP, informando o valor bruto a ser pago por ação;
  2. Ela então retém o Imposto de Renda na fonte, aplicando a alíquota correspondente sobre o valor bruto do JCP;
  3. A companhia recolhe o imposto retido junto à Receita Federal, realizando o pagamento do tributo devido;
  4. Os acionistas recebem o valor líquido dos JCP, já descontado o imposto de renda retido na fonte. Esse valor é creditado na conta-corrente ou na conta do agente de custódia, conforme o caso.

É importante lembrar que, uma vez que o imposto é retido na fonte, os investidores não precisam pagar o imposto sobre os JCP em suas declarações de Imposto de Renda, pois o tributo já foi recolhido pela empresa.

No entanto, deve-se declarar a Receita Federal, na declaração do Imposto de Renda, os valores recebidos a título de JCP, na ficha “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”, na declaração de ajuste anual do Imposto de Renda.

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