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Posse de Trump deixa as portas abertas para tecnologia; confira análise sobre o futuro das big techs com a IA

O analista de ações internacionais da Empiricus Research, Enzo Pacheco, comentou sobre a sua visão do mercado mundial em entrevista recente

Por Maisa Leme

23 jan 2025, 10:14 - atualizado em 23 jan 2025, 10:14

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Imagem: Wikimedia Commons

Em uma entrevista ao programa Giro do Mercado, do portal de notícias Money Times, o analista de ações internacionais da Empiricus Research, Enzo Pacheco, comentou sobre a posse de Trump e as portas que foram abertas para o setor de tecnologia. Confira os melhores momentos dessa conversa:

Trump vai inaugurar uma nova era para Inteligência Artificial? 

Enzo Pacheco: No final de 2022, tivemos o início da era digital com o lançamento do ChatGPT. Desde então, todas essas empresas [de tecnologia] performaram muito bem. Talvez a gente esteja entrando em uma nova era para economia global, em que a Inteligência Artificial (IA) será usada não apenas por empresas de tecnologia.

O acordo em desenvolvimento entre Donald Trump e SoftBank, que trará altos investimentos aos EUA, é uma maneira do presidente colocar um “selo de qualidade”, a fim de criar essa sensação de que estamos entrando em uma nova era.

Talvez em um governo democrata, não haveria tamanho ânimo, uma vez que ele é um governo visto muito mais como regulatório.

Como Trump pode levar a IA para além das big techs?

EP: Ainda há uma performance relevante das big techs. Mas empresas como a Dell (DELL), que está crescendo no ramo de fornecimento da infraestrutura [para o uso de IA], se destacam conforme a grande demanda.

A discussão do final do ano passado, era que havia uma sensação na migração de investimentos da infraestrutura para empresas de tecnologia que ofereçam serviços e produtos. 

Porém, os últimos resultados apareceram e agora, acredito que podemos começar a olhar para essas empresas de software. A dúvida que fica é qual será os resultados com o uso de IA nas empresas. 

Por que a Netflix surpreendeu no 4T24?

EP: O mercado internacional facilita muito nossa vida pois há um contato direto com os produtos americanos muito mais cotidiano que com os produtos brasileiros. As empresas americanas fazem parte do nosso cotidiano. Então, a Netflix é uma tese de investimento muito fácil, pois ela já está nas nossas vidas há muito tempo e por isso fica em uma dor de cotovelo.

Mas fica o questionamento, será que a Netflix (NFLX34) tem o espaço para crescer em assinantes? Ou ela vai focar em crescer a receita? O impacto inicial foi positivo, mas devemos ficar de olho. 

Qual seu olhar para investir em empresas de tecnologia daqui para frente?

EP: Como o Trump vai utilizar esse início de governo para fazer o máximo de anúncios possível, ainda acho que há espaço para outras fora desse segmento. O espaço na carteira para tecnologia deve ser mais moldado e cauteloso, apesar de o momento atual ter uma boa performance.

Assista à entrevista na íntegra clicando na imagem abaixo:

Sobre o autor

Maisa Leme

Jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero. Atualmente, estagia em redação no site da Empiricus.