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Futuras gigantes da Bolsa de Valores? Saiba agora o cenário para as small caps em 2022 e tickers promissores

Investidor deve focar no longo prazo e aproveitar as oportunidades de compra de ações a preços baixos, segundo a analista Cristiane Fensterseifer

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Data de publicação
2 de fevereiro de 2022
Categoria
Empiricus Play

Ao iniciar seus investimentos na Bolsa de Valores (B3), você encontrará diversos papéis de diferentes empresas.

E, entre tantas opções de compra, talvez, você pense que somente as ações que compõem o Índice Ibovespa são as melhores oportunidades de investimentos do mercado.

Mas o universo é maior. Existem outras maneiras de você buscar lucros: com ações de empresas com menor valor de mercado. 

Sim. Estou falando das small caps. Uma opção ainda pouco procurada na bolsa, mas que pode concentrar um grande potencial de retorno na sua carteira de investimentos no longo prazo.

E para você entender melhor o assunto, neste vídeo, a analista de investimentos da Empiricus que está a frente da série Microcap Alert, Cristiane Fensterseifer, te explica de forma simples as características e vantagens das small caps

Mas caso opte pela leitura, fique tranquilo. Neste conteúdo, eu escrevo os principais pontos abordados pela analista da Empiricus, conforme o roteiro a seguir:

  • O que são as small caps?
  • Por quê investir em small caps?
  • O que está acontecendo agora com as small caps? 
  • Como ganhar com o crescimento esperado das small caps?

 

O que são as small caps?

Small caps são ações de empresas que possuem menor (small) capitalização de mercado (caps) em comparação com empresas tradicionais da bolsa de valores. Em outras palavras, são ações de empresas menores que costumam ter uma exposição maior ao cenário doméstico.

Geralmente, os investidores consideram como small caps as empresas com capitalização de mercado abaixo de US$ 2 bilhões

Para chegar a este valor, basta apenas multiplicar o número de ações em circulação de uma empresa pelo preço de cada ação individual. 

Feito isso, comparamos as capitalizações destas pequenas companhias com as capitalizações das gigantes do mercado de ações.  

Como exemplificado por Fensterseifer, a small cap C&A (CEAB3), varejista de moda, tem um valor de capitalização em torno de US$ 1,9 bilhão

Pode parecer muito, mas quando comparamos este valor com o valor de capitalização da Petrobras (PETR4), que gira em torno de US$ 443,71 bilhões, observamos que  existe uma grande lacuna entre essas duas empresas em termos de capitalização.

Portanto, a partir daí temos a diferença entre small caps e as companhias consideradas “gigantes” do mercado acionário.

Por quê investir em small caps?

“Quando investimos em small caps, queremos capturar o melhor potencial de valorização e crescimento que as empresas menores têm,” observa a analista.

É muito fácil pensarmos que uma empresa menor pode valorizar e crescer (duplicar, triplicar, quadruplicar etc) de tamanho no mercado. Chamamos algumas empresas de unicórnios quando elas saem da categoria startup, empresas avaliadas em mais de um bilhão de dólares, para atingir um valor muito grande.

E as small caps vem dessa tendência de valorização. A explicação para isso, conforme aponta a analista, reside no fato de que empresas menores têm mais  potencial de crescimento exponencial em comparação com empresas já consolidadas. 

“Difícil pensar no Itaú [ITUB4] dobrando de tamanho  [na bolsa] durante o ano, certo?”, dispara Fensterseifer. 

Ela observa que, com um consolidado histórico de participação na bolsa, as gigantes do mercado de ações têm uma participação muito grande na B3, como é o caso dos bancos. Ou seja, dificilmente você conseguirá dobrar seus lucros investindo no papel dessas empresas. 

Mas atenção! Diferentemente do que se pensa, as small caps precisam de tempo para crescer. Portanto, nesses tipos de papéis, é sempre bom investir pensando no longo prazo para que lá na frente você busque oportunidades de captar bons dividendos.

O que está acontecendo agora com as small caps? 

O índice Small Caps, como apontado pela analista, vem de um histórico de queda de quase 30% desde junho do ano passado. Isso se deve ao ano difícil que foi 2021, em que as incertezas econômicas e a baixa liquidez dos ativos listados nesse índice formaram a tempestade perfeita para essa queda.

A alta da taxa básica de juros e as novas projeções de aumento também influem nesse cenário de queda do índice Small Caps. A Selic saiu dos 2% ao ano para um cenário de dois dígitos, conforme o aperto monetário do Banco Central (BC). Fora as novas projeções de alta para os próximos meses.

Então, isso por si só causa uma grande migração dos investidores que veem uma Selic e uma renda fixa pagando uma rentabilidade maior. Ou seja, eles tiram os investimentos das ações e migram para renda fixa.

Fensterseifer ainda compara a performance do Ibovespa com o índice Small Caps e vê disparidades entre estes dois índices. Ela explica que por conter grande peso de commodities, como o minério de ferro e grãos, o Ibovespa consegue lidar melhor com as instabilidades econômicas que abalam a economia do país. 

“Como as commodities estão bastante valorizadas, isso segura um pouco a queda do nosso índice [Ibovespa], apesar do cenário macro ser mais difícil. Afinal, empresas como Petrobras e Vale ganham com o preço das commodities mais altos e com o dólar forte frente ao real,” finaliza a analista.

Como ganhar com o crescimento esperado das small caps?

Quando vemos esta migração da renda variável para a renda fixa, aquelas empresas que têm um volume menor de negociação na bolsa sofrem mais com esse fluxo de saída.

Com isso, pode haver resgates nos fundos de investimentos que fazem com que os gestores vendam as ações desses fundos, mesmo que elas estejam baratas. Isso é necessário para que eles possam liquidar essas posições e honrar os resgates dos recursos que estão sendo solicitados pelos cotistas.

Então, quando temos um fluxo de saída da renda variável para a fixa, as ações das small caps são afetadas, pois o seu volume é menor que os resgates no fundo de investimentos, o que por si pressiona muito o preço dessas ações para baixo.

No entanto, segundo a analista, podemos ver uma oportunidade. Afinal, se boa parte da queda dessas ações se dá mais pelo fluxo do que pelo desempenho das empresas, as quedas são sim, muitas vezes, uma boa oportunidade de você aportar seus recursos.

Em outras palavras, vale a pena comprar as ações a preços mais baixos e aproveitar o crescimento das empresas no longo prazo.

“Isso demonstra como muitas dessas empresas estão com um ponto interessante de entrada,” reforça Fensterseifer.

Por fim, Fensterseifer sugere aos investidores que tenham um olhar estratégico quanto ao negócio de cada empresa. Dado que a partir do momento que investimos em small caps é importante estar por dentro do cenário micro (quanto ao andamento do negócio da companhia) e macro  (que envolve os principais indicadores econômicos do país).

Ela ainda cita algumas small caps promissoras como a C&A (CEAB3), Espaçolaser (ESPA3) e 3R Petroleum (RRRP3) nas quais você pode buscar lucros e ela lhe explica como no vídeo abaixo. Acesse!