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IOF sobe, afetando empréstimos, financiamentos e alguns investimentos; saiba mais

Larissa Quaresma, analista de ações, conta sobre os efeitos do novo decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras no bolso

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Data de publicação
30 de setembro de 2021
Categoria
Empiricus Play

O decreto presidencial que passou a vigorar em 20 de setembro, desagradou o mercado. No mesmo dia, a Bolsa brasileira apresentou uma queda de 1% e o Congresso afirmou ter ficado de fora da decisão tomada pelo governo de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O aumento do IOF em operações de crédito até dezembro apresenta alguns impactos importantes que todos nós precisamos ficar atentos. A analista da Empiricus, Larissa Quaresma, explica mais sobre a questão no vídeo acima.

Mas, primeiramente, onde incide o IOF? Como o próprio nome já diz, o IOF incide sobre algumas operações, realizadas por pessoas físicas e jurídicas: 

  • Compras de cartão de crédito no exterior, realizadas em viagens ou em lojas estrangeiras online;
  • Operações monetárias cambiais, na conversão de moedas;
  • Empréstimos e financiamentos;
  • Investimentos em ações internacionais com corretoras de fora do país;
  • Investimentos em renda fixa, caso o dinheiro seja resgatado em menos de 30 dias;
  • e ainda outras operações;

As alterações do decreto

O aumento do imposto afetou apenas uma das operações citadas: empréstimos e financiamentos.

 Então se você já tem uma viagem marcada para o exterior ou planeja investir, não sofrerá com a alta. 

O decreto então aumentou a alíquota de empréstimos tanto para pessoa física como jurídica. Em números, as mudanças do decreto representaram um aumento do IOF sobre operações de empréstimos:

  • Pessoas físicas: antes podia chegar até 3% a.a. e agora pode ir até 4,11% a.a.
  • Pessoas jurídicas: pagariam até 1,5% a.a. e com o decreto podem pagar até 2,04% a.a.

Isso significa 36% a mais de carga de IOF que será pago tanto contraindo em empréstimos  como pessoa física como jurídica. 

Impactos na Bolsa

As empresas mais afetadas com essa mudança são aquelas que dão crédito, como bancos, fintechs, factoring e financeiras.

Com o aumento do custo de crédito para o cliente da instituição financeira, o efeito direto é uma diminuição ou desaceleração da concessão de crédito, visto que ele fica mais caro. Além do efeito de alta da Selic maior, que já desestimula a tomada de empréstimos, o IOF aumentando também desacelera essas operações. 

Contudo, é importante lembrar que esse esfriamento não significa que ações atreladas a bancos e instituições financeiras devem ser vendidas. O decreto representa uma medida rápida de arrecadação para financiar o Auxílio Brasil, com aumento do benefício para R$ 300 por mês para a população de baixa renda. 

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