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Bitcoin a US$ 30 mil: por que tudo indica que ainda estamos no início do ciclo de alta do criptoativo

Mesmo após recorrentes valorizações do criptoativo, só agora a mídia tradicional está começando a dar atenção ao fato

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Data de publicação
11 de abril de 2023
Categoria
Investimentos

Nesta terça-feira (11), o mercado vê mais uma alta do Bitcoin, desta vez batendo a máxima de US$ 30 mil, depois da disparada do criptoativo nos últimos três meses. Aproveito esse marco para me aprofundar no assunto na edição de hoje do Giro do Mercado de hoje.

E a seguir, compartilho um pouco da minha visão sobre o que pode estar por vir.

Bom, números redondos costumam ser apreciados pelo mercado, razão pela qual mais atenções devem se voltar ao maior criptoativo do mercado. Fica bonito nas manchetes, sabe? 

Esse é um ponto interessante. Passa-se a falar mais sobre um ativo conforme ele sobe. Quando se está falando demais, provavelmente chegamos ao seu topo local. 

Felizmente, a mídia tradicional ainda não vem dando tanta atenção ao mercado cripto. Já é mais que no início do ano, mas não no mesmo volume que em estágios tardios de bull markets. 

Esse fato anedótico me leva a crer que ainda estamos no início do ciclo de alta do Bitcoin, e não no fim (nota mental: qualquer bull market será acompanhado de correções de 30%, 40%, 50% no meio do caminho). 

Curiosidades à parte, há mais elementos para serem observados na alta recente do BTC. Ele segue sendo dominante nesta primeira parte do ano, subindo mais de 80% no ano. Além disso, sua dominância de mercado está em cerca de 48,5%, um patamar historicamente alto

Olhando para o preço em si, a região dos US$ 30 mil é uma zona importante de resistência. Não deve ser uma briga fácil para a moeda, mas, se superada essa região, o caminho estará livre para os US$ 35 mil, que é um “CME Gap”, região de “vácuo” nos preços dos futuros da CME. 

Preço dos contratos futuros de bitcoin na CME e gaps de preço
Fonte: TradingView

Tais gaps ocorrem quando há uma grande diferença de preço entre o fechamento da sexta-feira e a abertura de segunda-feira, dado que os futuros só operam no horário de Bolsa e não aos fins de semana. 

Os CME Gaps tendem a ser preenchidos ao longo do tempo. Ou seja, a região de gap tende a ser novamente testada em um momento futuro. Vimos isso acontecer na região dos US$ 20 mil e dos US$ 28 mil. A próxima está na faixa de US$ 35 mil. 

O mais provável é esperar que o Bitcoin passeie pela região dos US$ 30 mil por algum tempo antes de seguir subindo mais, principalmente dado que o grau de alavancagem do mercado está baixo, o que reduz a possibilidade de um short squeeze para impulsionar os preços para cima. 

Entretanto, nesta quarta-feira (12) teremos a divulgação dos dados de inflação nos EUA. Um eventual resultado positivo pode ser a fagulha necessária para um novo impulso de preço. 

Por ora, é preciso estar posicionado e aguardar.