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Confira um CDB com rentabilidade líquida de 13% ao ano e uma LCA que rende IPCA+4,23% a.a.

É possível investir nos dois títulos de renda fixa com apenas R$ 1 mil.

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Autor
Lais Costa
Data de publicação
26 de setembro de 2023
Categoria
Investimentos

Os juros futuros globais continuam em alta, ultrapassando barreiras históricas relevantes. As taxas de juros de 10 anos dos Estados Unidos superam a marca de 4,5% ao ano, enquanto as de 30 anos encerraram o primeiro pregão da semana em 4,66% ao ano. Esse movimento ascendente das taxas é uma resposta à indicação dos bancos centrais de que as taxas permanecerão elevadas por mais tempo, o que exerce pressão sobre os ativos de risco e fortalece o dólar, especialmente em relação às moedas emergentes.

No Reino Unido, o Banco Central manteve as taxas de juros estáveis na última quinta-feira (21). A decisão foi dividida, com quatro votos a favor de um aumento de 25 pontos-base (pbs) contra cinco votos favoráveis à manutenção das taxas. No comunicado, a autoridade monetária reafirmou seu viés para futuros aumentos, condicionados principalmente à dinâmica do mercado de trabalho e à inflação de serviços. Antes da decisão, o mercado estava precificando pouco mais de 50% de chance de um aumento nas taxas. A decepção em relação às expectativas se traduziu em uma desvalorização da Libra Esterlina em relação ao dólar, que já acumula uma queda de mais de 7% desde o seu maior nível no ano.

Nos Estados Unidos, o Fed manteve as taxas entre 5,25% e 5,5% ao ano, conforme o esperado, adotando um tom rígido (hawkish) em sua comunicação. A única alteração significativa no comunicado foi o reconhecimento de que o mercado de trabalho desacelerou, embora permaneça forte. Em relação às projeções econômicas, o Fed revisou para cima as estimativas do PIB e reduziu as projeções de desemprego para 2023 e 2024.

A inflação cheia de 2023 também foi revisada para cima, mas o núcleo do índice de preços foi revisado para baixo. As estimativas de juros de 2024 e 2025 também subiram com 12 diretores ainda acreditando em mais uma subida de juros neste ano, em comparação com sete que preferem a manutenção das taxas. Para 2024, o comitê agora prevê apenas 50 pbs de corte no Fed Funds, metade do previsto em junho deste ano.

No momento da decisão, a taxa de juros de 10 anos dos Estados Unidos interrompeu o movimento de queda do dia e a taxa de 2 anos atingiu seu maior nível desde 2006. O índice DXY teve um forte aumento, levando moedas emergentes também a perderem força em relação ao dólar.

O presidente Jerome Powell também afirmou que os juros neutros atuais são significativamente mais altos do que a taxa neutra de longo prazo, o que implica necessariamente na continuação do aperto monetário para que a inflação convirja para os patamares desejados. O mercado ainda não está totalmente convencido da indicação de apenas dois cortes de juros no próximo ano e continua precificando uma chance não desprezível de redução de 75 pontos-base (ou três cortes) no Fed Funds até o final de 2024.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu de forma unânime reduzir a Selic para 12,75% ao ano na semana passada. A ata da reunião divulgada nesta manhã (26) não trouxe grandes surpresas e reforça a indicação do comunicado de que os próximos cortes devem continuar sendo da mesma magnitude, ou seja, de 50 pontos-base.

Também nesta manhã (26), o IBGE divulgou o IPCA-15 de setembro. O indicador veio ligeiramente abaixo das expectativas de mercado (0,35% em relação a 0,37%). No entanto, a composição do número foi marginalmente pior devido à reaceleração dos preços de serviços.

Do lado mais positivo, a deflação de itens industriais continua, em linha com o que temos visto nos indicadores antecedentes. Os semiduráveis e alimentos também surpreenderam positivamente.

Do lado oposto ficaram os preços administrados e o grupo de serviços. No primeiro, os destaques foram os preços de gasolina e diesel, refletindo o aumento anunciado pela Petrobras e a mais recente interrupção da importação do diesel russo. No caso de serviços, as passagens aéreas devolveram a queda em agosto e o núcleo de serviços também acelerou em relação às coletas anteriores.

De maneira geral, o mercado consolida suas apostas na Selic em 11,50% ao ano para o final de 2023 e reduz as expectativas de cortes para o próximo ano também. Continuamos com uma visão mais otimista em relação à inflação para o curtíssimo prazo no Brasil; portanto, ainda gostamos de títulos prefixados para esse horizonte. Para os vértices intermediários estamos migrando nossa preferência para os títulos indexados à inflação.

Confira os títulos de renda fixa recomendados nesta semana

Características da LCA prefixada do Banco BTG 
Classificação de risco da instituiçãoStandard and Poor’s: AAA
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarEmpiricus Investimentos
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máximaAté o final do estoque
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)01/10/2026 (1096 dias corridos)
Rentabilidade bruta anualIPCA+4,23%
TributaçãoIsento
Pagamento de jurosNão
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação17h

A taxa líquida da LCA do Banco BTG equivale a uma taxa bruta de IPCA+ 5,82% ao ano, e portanto, um spread de 0,3% acima do título público de referência.

Características do CDB prefixado do Banco Daycoval
Classificação de risco da instituiçãoStandard and Poor’s: brAA+
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarDaycoval
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máximaR$ 250 mil
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)01/10/2024 (371 dias corridos)
Rentabilidade líquida13% ao ano
Tributação17,5%
Pagamento de jurosNão
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação15h

Para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo e que precisa estar disponível imediatamente, recomendamos o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero.