Times
Investimentos

Eneva (ENEV3) constitui novo bloco acionário e dá sinais de que pode pagar dividendos em 2023; veja se a ação é recomendada

Novo bloco acionário, Cambuhy, é adepto de estratégia de desalavancagem, foco crescente em absorver aquisições e geração de caixa

Compartilhar artigo
Data de publicação
12 de dezembro de 2022
Categoria
Investimentos
Imagem de homem com uniforme da Eneva olhando para uma máquina de extração de gás Eneva (ENEV3)
Reprodução/Divulgação Eneva

Na última semana, a Eneva (ENEV3) divulgou um fato relevante informando o mercado sobre a constituição de um bloco acionário: a Cambuhy.

O veículo de investimento da família Moreira Salles, que é investidor da Eneva desde o início do seu turnaround, juntou-se aos fundos Dynamo, Atmos e Velt.

Com o novo acordo de acionistas, esse bloco passa a deter 35,7% do capital da Eneva

O seu outro acionista relevante é o banco BTG Pactual, que detém 24% da empresa.

Quais impactos que a formação desse novo bloco de acionistas traz para a tese de investimentos?

Já faz algum tempo que o mercado especula sobre como os dois acionistas de referência da Eneva (a Cambuhy e o BTG Pactual) possuem visões diferentes sobre a melhor estratégia a ser trilhada pela companhia.

As especulações são de que o BTG é adepto de um caminho com foco em ganhos de capital, uma estratégia pautada por mais M&As (fusões e aquisições) e alavancagem. 

Já o outro lado dessa equação, a Cambuhy e os fundos Dynamo, Atmos e Velt, parecem mais inclinados a uma estratégia de desalavancagem, foco crescente em absorver todas as aquisições dos últimos anos e mais geração de caixa.

  • Acesse a lista gratuita com 3 ações boas pagadoras de dividendos para começar a buscar renda extra ainda hoje. Clique aqui para ver.

ENEV3 dá sinais que pode se tornar pagadora de dividendos em 2023

No limite, essa segunda estratégia é um caminho natural para que a Eneva se torne uma empresa pagadora de dividendos.

Há alguns meses, quando Pedro Zinner deixou o comando da empresa para assumir como CEO da Stone, já tivemos uma sinalização inicial que o caminho a ser desenhado era em direção à desalavancagem, e não ao crescimento.

A gestão de Zinner foi marcada justamente pelo forte crescimento da Eneva, numa série de incursões bem sucedidas.

Ainda é muito cedo para vermos qualquer redirecionamento das prioridades ou ambições da companhia, mas, ao que nos parece, cresceu significativamente a probabilidade da Eneva começar a distribuir proventos nos próximos anos.

Reforçamos a recomendação de compra para ENEV3, que segue em diversas carteiras da casa.