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Reforma ministerial e forças armadas: o que está acontecendo no Brasil? | Terceiro Turno

Quarta-feira, 31 de março de 2021, e a pergunta que está na cabeça de todos os brasileiros: o que está acontecendo?

Por Ricardo Mioto

31 mar 2021, 08:19

No Terceiro Turno de hoje, Ricardo Mioto recebe Lucas de Aragão, analista político da Arko Advice para uma conversa sobre a  reforma ministerial, a queda do comando do exército e outros assuntos quentes na política brasileira. 

1:21​ Respondendo à nossa primeira pergunta, Lucas comenta um pouco sobre a situação política atual e o que vem acontecendo em Brasília. 

Com a relação do governo e do congresso, tendo altas e baixas constantemente nestas últimas semanas. Segundo Lucas, a queda do Ministro Ernesto Araújo foi uma resposta ao congresso, já que mantê-lo poderia ser prejudicial ao governo. 

4:40​ Após Lucas mencionar que conversou com pessoas do exército brasileiro, Ricardo questiona a leitura que este grupo tem do governo atual. Será que a percepção das forças armadas  perante ao governo mudou com o tempo? 

Lucas começa falando que as forças armadas não são um movimento político, então é difícil atribuir uma linha de pensamento a eles. Vale lembrar também que o exército respeita muito a hierarquia na qual o presidente está no topo, então é difícil ver algum posicionamento deste grupo contra o governo. Outro ponto importante: as forças armadas começaram a receber benefícios do governo, mas que pessoas grandes dentro dessa instituição acreditam que o Presidente estica a corda na expectativa de um posicionamento que não vai acontecer. 

8:20​ Pensando nisso tudo, Ricardo pergunta se é “maluquice” questionar se existe um desejo interno de que ocorra uma ruptura da democracia? 

Lucas deixa claro que não é possível comentar intenções, mas que acha que o Presidente deseja que as forças armadas se posicionem a seu favor e que ela sirva como mais um dos pilares para aumentar sua força política para 2022.

11:57​  Ricardo também pede para Lucas comentar sobre Arthur Lira e as últimas declarações dadas pelo presidente da Câmara dos Deputados. 

Lucas explica que é ingenuidade pensar que Arthur Lira é um representante do Governo Bolsonaro dentro da câmera, embora ambos tenham uma boa relação. 

17:24​ É momento de alta da relação da equipe econômica com o congresso ou ainda é cedo para apontar essa movimentação? 

Segundo Lucas, as sinalizações apontam que sim. A equipe econômica gosta muito do Lira, que tem sido fiel ao ministro Paulo Guedes. 

18:20​ Falando em política econômica, Ricardo comenta sobre o orçamento que é indicado como “fictício” e que subestima as despesas obrigatórias. Lucas fala  sobre o que pode ter acontecido para isso ir pra frente e como possivelmente será resolvido. 

22:04​ Ricardo aproveitou também para perguntar também sobre a pandemia. Com a guinada no discurso sobre a vacina, isso impacta de alguma forma o Presidente Bolsonaro? 

Lucas diz que Bolsonaro está numa situação ruim, mas ainda confortável. Embora os números de rejeição ainda não estejam tão altos, o cenário não é favorável para que isso mude. Por outro lado, a vacina e o auxílio emergencial podem ser questões positivas para a popularidade do presidente. 

27:55​ Para encerrar, Ricardo questiona sobre a possibilidade de uma terceira via nas eleições de 2022. Será que é possível?

Lucas não vê tantos passos para uma terceira via e que as eleições de 2022 serão muito fortes para entrada de um novo candidato. Em outras palavras: um novo candidato precisaria derreter a força política de candidatos como Lula e Bolsonaro, que é um cenário inimaginável.

Sobre o autor

Ricardo Mioto

Jornalista e diretor de comunicação da Empiricus. Foi repórter e editor da Folha e consultor de comunicação de multinacionais como McKinsey e Twitter. Escreveu "Breve História Bem-Humorada do Brasil" (editora Record)

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