Investimentos

Por que esta medida da China pode vir a intensificar o investimento da região em bitcoin?

Basicamente, geopolítica e criptoativos andam de mãos dadas. E, agora, diante do White Paper de Hong Kong, o interesse dos chineses por bitcoin pode crescer

Por Vinicius Bazan

30 maio 2023, 15:12 - atualizado em 30 maio 2023, 15:12

Por que esta medida da China pode vir a intensificar o investimento da região em bitcoin?
Imagem: Unsplash

Um mercado é feito de compradores e vendedores de ativos em comuns. O mercado de cripto, portanto, é composto por pessoas (PJs e PFs) que compram e vendem ao redor de todo o mundo.

Não é à toa que falamos frequentemente de geopolítica e macroeconomia; cripto, em especial o bitcoin, está se tornando cada vez mais relevante no contexto global. E é nesse contexto geopolítico global que os dois gráficos a seguir nos são úteis. 

Fonte: Glassnode
Fonte: Glassnode

Existem três geografias representadas pelas barrinhas coloridas: Estados Unidos (azul), Europa (verde), e Ásia (vermelha). A altura das barras representa o impacto de cada geografia sobre o preço absoluto do bitcoin (BTC), nos últimos trinta dias, seja por ter vendido (impacto negativo), ou por ter comprado (impacto positivo). Esses dados são estimados com base em horários, por isso somente se aproximam da realidade, não sendo exatos. 

Observe principalmente a divergência entre americanos e chineses nos últimos dias.

Supostamente, com a notícia do White Paper de Hong Kong, podemos ver um movimento de compra muito mais assíduo dos países asiáticos.

Parênteses para entender o White Paper de Hong Kong

Basicamente, Beijing, a capital da China, divulgou um white paper intitulado “Web3 Innovation and Development White Paper (2023)” com o objetivo de impulsionar a inovação e o desenvolvimento da indústria web3.

A Comissão Municipal de Ciência e Tecnologia de Beijing foi responsável pelo lançamento do white paper durante o Fórum Zhongguancun.

O objetivo principal da comissão é estabelecer Beijing como um polo global de inovação na economia digital. Para alcançar essa meta, o distrito de Chaoyang, em Beijing, planeja destinar pelo menos 100 milhões de yuan (cerca de US$ 14 milhões) anualmente até 2025. Esses investimentos visam impulsionar o desenvolvimento de tecnologias web3 e consolidar a posição de Zhongguancun como o “Vale do Silício” chinês.

E, claro, isso tende a estimular a compra de criptoativos, como o bitcoin.

Já os americanos, até então, diminuíram suas posições, tanto para BTC, quanto para ETH. 

Esperamos que o mercado americano venha a ganhar mais ânimo, dada a redução de pressões sobre o teto da dívida. Ainda assim, essa semana teremos alguns dados da economia americana que poderão agitar a demanda do investidor norte americano. 

Na próxima quarta-feira, 31, saem os dados de abertura de novos empregos (o JOLTs), e na sexta-feira, 2, teremos a taxa de desemprego oficial, e o payroll. Ambos os indicadores são importantes para a formação de expectativas e decisão de política monetária que virá a seguir.

Por enquanto, seguimos confiantes e posicionados em bitcoin. Mas gostamos ainda mais de outras 5 criptomoedas com largo espaço para ver seus preços dispararem. Acesse a lista aqui.

Sobre o autor

Vinicius Bazan

Engenheiro pela Universidade de São Paulo e com passagem pela New York University, possui mais de cinco anos de experiência na área de educação, em especial a financeira. Atualmente, é responsável pela criação de conteúdos de apoio aos leitores e assinantes da Empiricus.

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