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COE: vale a pena investir? Saiba como funciona um Certificado de Operações Estruturadas

O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um produto que mescla renda fixa e renda variável. Saiba melhor como funciona o investimento em COE.

Por Equipe Empiricus

28 jul 2023, 11:54 - atualizado em 19 fev 2024, 12:11

Imagem para representar o COE, ou Certificado de Operações Estruturadas.

O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um produto financeiro que busca unir o melhor de dois mundos: a segurança da renda fixa e a rentabilidade da renda variável. Essa combinação torna o COE uma alternativa atrativa para investidores em busca de maior rentabilidade, mas que também valorizam a preservação do capital.

Embora seja um veículo muito popular nos Estados Unidos, o COE ainda gera dúvidas no mercado brasileiro. Por isso, é importante compreender o funcionamento deste produto, bem como seus benefícios e riscos, e como ele pode se encaixar em suas estratégias de investimento. 

O que é COE?

O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um tipo de aplicação financeira que mescla a segurança da renda fixa com a rentabilidade da renda variável, por meio da diversificação de ativos. 

O COE oferece aos investidores a oportunidade de participar dos ganhos potenciais de diferentes modalidades de investimento ao mesmo tempo em que conta com uma proteção contra eventuais perdas. A estrutura do COE é projetada para proporcionar ao investidor uma exposição a ativos como ações, índices, moedas estrangeiras, commodities ou fundos. 

Essa diversificação de ativos permite que o COE se beneficie de diferentes classes de investimento, gerando um portfólio mais equilibrado e rentável do que a renda fixa convencional. No entanto, os riscos são maiores.

Como funciona um COE?

O funcionamento de um COE envolve a combinação de um título de dívida emitido por instituições financeiras e outros ativos, como ações, índices, moedas estrangeiras ou commodities. 

Essa estruturação permite que o COE tenha características tanto da renda fixa quanto da renda variável. Ao investir em um COE, o investidor adquire um título que representa sua participação nessa estruturação. O título, por sua vez, pode ter diferentes formatos. 

O COE de capital protegido, por exemplo, permite receber o valor investido de volta mesmo se o desempenho dos ativos subjacentes seja negativo. Já o COE de capital de risco não possui essa garantia de proteção do capital, mas oferece a possibilidade de maiores ganhos, uma vez que está exposto aos resultados positivos dos ativos. 

Tipos de COE

Cada COE possui suas próprias características, como prazo de vencimento, forma de remuneração e estratégia de diversificação dos ativos. Veja como funciona cada modalidade de Certificado de Operações Estruturadas.

COE de capital garantido

O COE de capital garantido oferece ao investidor a segurança de receber de volta, no mínimo, o valor investido, mesmo se o desempenho dos ativos subjacentes for negativo. Esse tipo de COE é interessante para investidores mais conservadores que desejam a proteção do capital investido, mesmo que isso signifique abdicar de retornos mais elevados.

Por exemplo, suponha que um investidor adquira um COE de capital garantido com vencimento em três anos, vinculado a uma cesta de ações da B3. Se, ao final do período, o desempenho dessas ações for negativo, o investidor receberá de volta o valor investido. No entanto, se o desempenho for positivo, terá direito a um retorno adicional, proporcional ao ganho obtido.

COE de capital de risco

Por outro lado, o COE de capital de risco não oferece a garantia de proteção do capital investido, mas busca proporcionar maiores ganhos ao investidor, uma vez que está exposto aos resultados positivos dos ativos subjacentes. Esse tipo de COE é mais adequado para investidores que possuem uma maior tolerância ao risco.

Assim, se um investidor adquirir um COE de capital de risco vinculado a um índice de commodities, como o preço do petróleo, por exemplo, por favor, e ao final do período de investimento o preço valorizar, o investidor tem direito a um retorno proporcional a essa valorização. No entanto, se o preço cair, o investidor fica sujeito a perdas proporcionais.

Características de um COE

Compreender todos os aspectos de um COE é fundamental para que os investidores possam tomar decisões informadas sobre esse tipo de investimento. Confira algumas características importantes do Certificado de Operações Estruturadas.

Quem emite o COE?

A emissão de um COE é feita por instituições financeiras autorizadas, como bancos e corretoras. Essas instituições estruturam o COE combinando um título de dívida com outros ativos. 

Dessa forma, os investidores interessados em adquirir um COE devem entrar em contato com uma instituição emissora ou intermediária para obter informações sobre as opções disponíveis. A escolha deve ser feita com base no perfil do investidor, bem como seus objetivos no longo prazo.

Qual o investimento mínimo de um COE?

O investimento mínimo em um COE pode variar de acordo com a instituição financeira emissora e o tipo de COE selecionado. Por isso, é importante verificar essa informação junto à instituição emissora. Além do investimento mínimo, é preciso considerar ainda os custos adicionais.

Normalmente, as instituições estabelecem um valor mínimo para investimento, que pode ser acessível para diversos perfis de investidores. No Brasil, os principais COEs geralmente exigem um investimento mínimo de R$ 1.500. 

Quais são os custos de um COE?

Os custos associados a um COE podem incluir taxas de emissão, administração, custódia e eventuais taxas de performance, dependendo das características do produto. Esses custos são definidos pelo emissor do COE e devem ser observados pelo investidor. 

É recomendado ler atentamente o prospecto do COE para entender todas as taxas envolvidas antes de realizar o investimento.

COE tem garantia?

Os COEs podem oferecer diferentes tipos de garantias, como a proteção do capital investido (COE de capital garantido), ou estar expostos ao risco de perda do capital (COE de capital de risco). 

A existência de garantia varia conforme a estruturação do COE, sendo importante avaliar essa informação no momento de investir.

Quanto um COE rende?

Por fim, a rentabilidade de um COE está diretamente relacionada ao desempenho dos ativos subjacentes e às condições estabelecidas no momento da emissão. 

A taxa de retorno de um COE pode ser predeterminada, atrelada a um índice de referência ou estabelecida de acordo com uma fórmula específica. É essencial ler o prospecto do COE para compreender como a rentabilidade será calculada.

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Vantagens e desvantagens do COE

Assim como qualquer investimento, o COE é envolto de prós e contras. Portanto, antes de investir, é preciso considerar as vantagens e desvantagens desse tipo de aplicação. A seguir, destacamos algumas das principais características positivas e negativas do COE.

Vantagens do COE

  • Segurança: o COE pode oferecer certa segurança ao investidor, especialmente quando se trata de um ativo de capital garantido. Essa modalidade proporciona a garantia de retorno do valor investido, mesmo que os ativos subjacentes tenham um desempenho negativo;
  • Diversificação: o COE permite a diversificação de ativos, o que pode contribuir para reduzir o risco e aumentar as oportunidades de retorno. Ao combinar diferentes classes de investimento, como ações, índices, moedas estrangeiras ou commodities, o COE busca obter ganhos potenciais provenientes de diferentes fontes.
  • Potencial de retorno: o COE pode oferecer a oportunidade de obter retornos mais atrativos em comparação com a renda fixa tradicional. Por estar vinculado a ativos de renda variável, o COE permite ao investidor participar dos ganhos potenciais do mercado, buscando maior rentabilidade.

Desvantagens do COE

  • Limite de rendimento: alguns COEs podem ter um limite de rendimento estabelecido, o que significa que mesmo que o desempenho dos ativos subjacentes seja muito positivo, o retorno do investimento estará limitado. Isso pode reduzir o potencial de ganhos para o investidor;
  • Baixa liquidez: O COE geralmente possui baixa liquidez, o que significa que pode ser difícil vender o investimento antes do vencimento. Portanto, é importante estar ciente de que o dinheiro investido no COE pode ficar indisponível por um período determinado.
  • Riscos de mercado: o COE está sujeito a riscos como flutuação nos preços dos ativos subjacentes, o que pode levar a perdas financeiras, especialmente nos COEs de capital de risco, onde não há garantia de proteção do capital investido.

Vale a pena investir em COE?

Investir em COE pode ser uma opção interessante para determinados perfis de investidores, especialmente para aqueles que possuem aversão ao risco e à volatilidade do mercado de renda variável. No entanto, a decisão deve levar em consideração o perfil de risco, os objetivos financeiros e as necessidades individuais de cada investidor.

Antes de investir, é importante considerar ainda os termos, as características e os riscos associados a cada COE específico. A emissão de um COE possui uma estrutura própria, que deve ser avaliada de forma individual em cada instituição. 

Outro ponto a ser considerado é a baixa liquidez dos COEs, o que significa que o investimento pode ficar indisponível por um período determinado. Portanto, é necessário ter uma visão de longo prazo e estar preparado para manter o investimento até o vencimento.

Passo a passo para investir em COE

Para investir nesse tipo de ativo, é importante seguir alguns passos básicos. Confira o passo a passo:

  1. Busque uma instituição confiável: Identifique instituições financeiras autorizadas a emitir COEs. Faça uma pesquisa para encontrar aquelas que oferecem essa opção de investimento e possuem uma boa reputação no mercado. Entre em contato com elas para obter informações detalhadas sobre os COEs disponíveis;
  2. Entenda os tipos de COE: explore as diferentes modalidades de COE, como os de capital garantido ou de capital de risco. Compreenda as características e identifique qual se adequa melhor aos seus objetivos, perfil de risco e expectativas de retorno;
  3. Analise as condições e o regulamento: leia atentamente o prospecto do COE fornecido pela instituição e analise o prazo de vencimento, a composição dos ativos subjacentes, a rentabilidade potencial, eventuais limites de rendimento e a presença de garantias;
  4. Calcule o investimento necessário: verifique qual é o investimento mínimo exigido para adquirir um COE junto à instituição financeira. Certifique-se de que possui os recursos financeiros necessários para fazer o investimento;
  5. Faça a aplicação: preencha a documentação necessária fornecida pela instituição para formalizar sua aplicação em COE. Geralmente, será necessário fornecer informações pessoais, como identificação, comprovante de residência e documentos financeiros relevantes;
  6. Monitore a performance: acompanhe regularmente a performance do seu investimento em COE. Fique atento aos relatórios e informações fornecidos pela instituição financeira. Se necessário, ajuste sua estratégia com base nas condições de mercado e nos objetivos financeiros.

Vale ressaltar que investir em COE requer conhecimento e compreensão das características específicas de cada produto. Portanto, é recomendável buscar a orientação de um profissional qualificado, como um consultor financeiro, para obter aconselhamento personalizado e tomar decisões de investimento embasadas.

Este passo a passo oferece uma visão geral do processo de investimento em COE, mas é importante lembrar que cada instituição financeira pode ter suas próprias particularidades e procedimentos. Portanto, é fundamental seguir as instruções fornecidas pela instituição escolhida ao investir em COE.

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