
O gestor de fundo é o profissional responsável por tomar as decisões estratégicas que definem a performance de um fundo de investimento. É ele quem determina onde o dinheiro será alocado e como os riscos serão equilibrados.
Por isso, entender quem é esse profissional, qual sua formação, quais certificações ele precisa ter e como é sua remuneração pode ser útil tanto para quem pensa em seguir carreira como para quem investe nesse tipo de produto.
O que é um gestor de fundo?
O gestor de fundo é o profissional ou a instituição designada para administrar os ativos do fundo, tomando decisões de compra, venda, alocação e rebalanceamento da carteira. Ele atua com base em critérios técnicos, análises de mercado e estratégias de investimento previamente definidas no regulamento do fundo.
Esse profissional tem como objetivo principal maximizar os retornos dentro dos limites de risco aceitos, sempre em conformidade com as diretrizes estabelecidas e com os interesses dos cotistas.
O gestor pode atuar em diferentes categorias de fundos, como:
- Fundos de ações;
- Fundos multimercado;
- Fundos de renda fixa;
- Fundos cambiais;
- Fundos imobiliários;
- Fundos quantitativos e estruturados.
Na prática, ele faz a ponte entre o comportamento dos mercados e a estratégia do fundo, adaptando a carteira conforme o cenário econômico, decisões de política monetária, movimentações do mercado de capitais, entre outros fatores.
Além disso, é comum que o gestor atue em conjunto com uma equipe de analistas e especialistas de diferentes áreas, como economistas, especialistas em risco e compliance.
- [Carteira recomendada] Conheça as 10 ações recomendadas pela equipe da Empiricus Research para buscar lucros na bolsa nos próximos meses. Clique aqui para acessar o relatório gratuito.
O que é preciso para ser um gestor de fundo?
Para se tornar um gestor de fundo no Brasil, é necessário seguir alguns requisitos técnicos, regulatórios e de formação. A seguir, os principais:
Formação acadêmica
Embora não exista uma exigência legal de curso específico, a maioria dos profissionais da área possui graduação em:
- Economia;
- Administração;
- Engenharia;
- Ciências Contábeis;
- Matemática, Estatística ou áreas afins.
Pós-graduação ou MBA em finanças, investimentos ou gestão de portfólio também são diferenciais relevantes no mercado.
Certificação CGA da ANBIMA
A CGA (Certificação de Gestores ANBIMA) é obrigatória para quem deseja atuar como gestor responsável por fundos regulados no Brasil.
Emitida pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), ela atesta que o profissional possui o conhecimento técnico necessário para gerir carteiras de forma segura e eficiente.
O exame cobre temas como:
- Mercado financeiro e capitais;
- Renda fixa, renda variável e derivativos;
- Gestão de risco e compliance;
Análise econômica e gestão de portfólio.
Além da CGA, também existem outras certificações complementares, como a CFP (Certified Financial Planner) e a CFA (Chartered Financial Analyst), que são reconhecidas internacionalmente e valorizadas no mercado.
Experiência no mercado
Boa parte dos gestores começa sua trajetória como analista de investimentos, assistente de gestão ou em áreas correlatas.
Com o tempo, acumulam conhecimento técnico, vivência de mercado e histórico de performance, elementos fundamentais para conquistar a confiança dos investidores e a responsabilidade sobre carteiras maiores.
- LEIA TAMBÉM: Essas são as melhores ações para se ter na carteira nesse momento, segundo os analistas da Empiricus Research.
Qual o salário de um gestor de fundo?
A remuneração de um gestor de fundo varia conforme o porte da gestora, o tipo de fundo, a quantidade de ativos sob gestão e a performance do produto. Em geral, a renda é composta por:
- Salário fixo mensal;
- Participação nos lucros ou bônus por performance;
- Percentual sobre a taxa de administração/performance do fundo (em alguns casos, para sócios ou gestores principais).
De forma geral, o salário de um gestor de fundo em início de carreira pode variar entre R$ 8 mil e R$ 15 mil mensais. Profissionais experientes, com fundos relevantes sob sua responsabilidade, podem ultrapassar os R$ 40 mil por mês, sem contar bônus.
Em grandes casas de gestão, os bônus podem representar uma parte significativa da remuneração anual, especialmente se os resultados forem consistentes.
O profissional é o cérebro por trás das decisões que impactam diretamente a rentabilidade de milhares de investidores. Mais do que escolher ações ou títulos, ele é responsável por interpretar cenários, reagir ao mercado e manter a coerência da estratégia do fundo.
Para quem deseja investir com mais confiança — ou seguir carreira no setor financeiro —, conhecer o papel do gestor de fundo, bem como as certificações e os desafios da função é um essencial para uma tomada de decisão responsável.
Geralmente, não. Ele atua em conjunto com uma equipe multidisciplinar e precisa seguir o regulamento do fundo e as regras da CVM e da Anbima.
Sim. Todo fundo precisa ter um gestor formalmente designado, que pode ser uma pessoa física certificada ou uma gestora profissional autorizada a atuar no mercado.
Não. O cotista acompanha os resultados e tem o direito de entrar ou sair do fundo, mas não interfere diretamente na gestão dos ativos.
O gestor pode ser trocado pelos administradores do fundo, principalmente se a má performance for consistente e descumprir o que foi proposto na estratégia.
Sim. As gestoras divulgam cartas mensais, relatórios de desempenho e entrevistas com seus gestores. Essas informações ajudam o investidor a entender a estratégia adotada.