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Polygon (MATIC): vale a pena investir? Saiba o que é e como funciona essa rede

A blockchain Polygon é considerada uma das redes mais completas do universo cripto. Conheça suas particularidades e saiba como investir em Polygon (MATIC).

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Data de publicação
9 de fevereiro de 2023
Imagem representando a Polygon, mostrando o logo da criptomoeda

Criada com o mesmo propósito da Ethereum, a rede Polygon surgiu da necessidade de descomprimir o tráfego e melhorar a capacidade de resposta da principal blockchain do mercado.

O token da Polyglon, MATIC, é um dos 10 mais valiosos do mercado, e serve tanto para recompensar os usuários da rede como para fins de investimento.

O que é Polygon?

A rede Polygon surgiu em 2017, sob autoria dos desenvolvedores indianos Jaynti Kanani, Sandeep Nailwal e Anurag Arjun. Essa blockchain foi criada com o objetivo de suprir as demandas da Ethereum, até então a principal rede do universo cripto.

Hoje, a Polygon serve como base para a criação de diferentes aplicações, como projetos do metaverso e NFTs. Além disso, permite a integração entre várias bockchains, gerando transações mais rápidas e consequentemente mais baratas – seja para a Ethereum, seja para outras redes envolvidas no projeto.

Além de ser uma rede completa, a Polygon tem sua própria criptomoeda: a MATIC. O token faz parte do ranking dos 10 maiores criptoativos do mercado, de acordo com a CoinMarketCap.

O token MATIC e suas diferentes funcionalidades

Emitida pela rede Ethereum, o MATIC funciona como um utility token da plataforma Polygon. A criptomoeda foi desenvolvida sob o protocolo ERC-20, um padrão de desenvolvimento que possibilita a criação de milhares de ativos.

A cripto é utilizada para duas finalidades: recompensar os usuários de staking – atividade que gera renda passiva por meio da mineração – e como estratégia de investimento. A cripto MATIC permite a participação de holders em votações da plataforma, bem como em decisões de melhoria dos protocolos e outras atividades.

Como a rede Polygon foi criada

A Polygon surgiu da mente de Jaynti Kanani, Sandeep Nailwal e Anurag Arjun, primeiramente como uma sidechain da Ethereum – isto é, uma blockchain que valida dados de outras blockchains. Hoje, a rede funciona de maneira totalmente independente e autônoma, com validadores próprios e taxas diferenciadas.

As altas demandas da Ethereum fazem com que o fluxo de usuários seja constante, o que pode prejudicar a experiência de novos desenvolvedores. Assim, a Polygon surgiu para “descomplicar” o uso da principal blockchain do mercado, oferecendo melhor escalabilidade e taxas mais competitivas.

Como funciona a Polygon?

Um dos principais diferenciais da Polygon é a possibilidade de integrar diversas blockchains, criando um ecossistema multi-chain. Assim, a plataforma funciona como uma espécie de “internet das blockchains”, integrando diferentes operações do mercado, a fim de centralizar as atividades e tornar os processos mais ágeis.

A rede possibilita que usuários naveguem de uma blockchain a outra de forma intuitiva e rápida. Isso graças a sua capacidade de operar sidechains, que por sua vez já trabalham de maneira separada e podem ser acopladas à rede conforme necessidade.

Quando comparada à Ethereum, a Polygon opera de forma flexível e sob uma camada mais “leve”, além de ter menor fluxo de atividade. Esse mecanismo paralelo gera taxas mais baratas e maior velocidade nas transações, proporcionando a criação e desenvolvimento de projetos menores e sem grandes investimentos.

Pode-se dizer que a Polygon surgiu não só para desburocratizar a Ethereum, mas também democratizar o acesso aos protocolos de emissão e participação no mundo cripto. Milhares de usuários passaram a utilizar a rede à medida que a principal plataforma do mercado se tornou mais cara e inacessível.

Características da Polygon

A rede Polygon tem diversas particularidades quando comparada a outras blockchains consagradas do mercado – como a Ethereum e a Polkadot. A principal delas é o fato de funcionar como uma plataforma multicanal, permitindo a integração de outras redes. Seu token MATIC também opera em diferentes frentes.

Multi-chain

O grande destaque por trás da Polygon é a possibilidade de transformar a maior rede blockchain do mercado (a Ethereum) em uma plataforma multichain completa. Assim, ela funciona não como uma concorrente, mas uma otimizadora de processos.

Ao adotar uma camada multifacetada, a Polygon chama a atenção do mercado por abrir margem para a expansão de aplicações do setor, bem como de otimizar o funcionamento de outras redes. Esse ecossistema fortalece todos os projetos criptos e gera maior confiabilidade por parte dos usuários.

Camadas de segurança

Outro fator que faz da Polygon uma rede tão visada é o mecanismo de segurança utilizado para validar os protocolos. Por ser uma solução de “camada 2”, a mineração é feita por meio proof of stake (PoS), processo que exige uma quantia de MATICs sob garantia para emitir novos ativos.

O PoS também barateia a produção de novos blocos, o que faz com que as taxas das transações sejam menores. Assim, a segurança da rede é reforçada à medida que os usuários contribuem para a constante manutenção e vigilância dos processos – já que são recompensados para tal.

Moeda operacional

O MATIC também tem suas particularidades, e a principal delas é o fato de ser utilizado como uma moeda operacional. Ou seja, o ativo serve para pagar os desenvolvedores dentro do ecossistema da blockchain.

Sendo um token de utilidade, ele possibilita aprimorar o funcionamento do sistema administrativo, além de bancar as taxas e as transações.

Como investir em Polygon (MATIC)?

Como dito anteriormente, a aposta em Polygon pode ser feita de várias formas: seja de maneira direta ou indireta, por meio da compra de MATICs como estratégia de diversificação. Antes de investir, porém, é preciso conhecer os riscos desse mercado, uma vez que é considerado de alto risco.

O primeiro passo, portanto, é estudar o ativo: seu histórico de preços, o cenário macroeconômico ao qual ele está inserido, as atualizações do projeto etc. Tudo isso pode afetar a valorização do MATIC frente ao mercado.

Feito esse processo, é hora de escolher a melhor forma de investir em MATIC. Assim como outras criptomoedas, essa também permite a negociação de duas formas: diretamente com outro usuário via blockchain (peer-to-peer) ou por intermédio de uma corretora especializada – as chamadas exchanges.

A segunda opção é a mais recomendada para investidores iniciantes ou pessoas que não tenham familiaridade com os ambientes de código aberto, já que funcionam de forma parecida com o mercado tradicional. Para negociar por meio de uma corretora, basta realizar o seguinte passo a passo:

  1. Abra uma conta na exchange de sua preferência;
  2. Valide os dados pessoais;
  3. Transfira o saldo necessário em reais;
  4. Negocie os ativos pelo “home broker” da plataforma.

Depois de negociá-la, você pode optar por armazenar a cripto na corretora ou transferi-la para uma carteira – essa é a opção mais recomendada para garantir a segurança das moedas.

Vale a pena investir em Polygon (MATIC)?

A consolidação da tecnologia blockchain é o principal termômetro do mercado cripto atual, já que ela tem sido a base para a criação de milhares de novas aplicações – que vão além das criptomoedas. Com isso, a rede Polygon tem ganhado destaque entre os usuários e também investidores, especialmente por integrar todas essas funcionalidades.

Por estar atrelado a esse universo, o token MATIC desponta como um dos mais interessantes do setor. Não à toa, figura entre os 10 mais valiosos em termos de capitalização de mercado.

A rede Polygon e sua cripto MATIC cresceram muito ao longo dos últimos anos: desde o seu lançamento, o token passou de US$ 0,02 para US$ 1,40, chegando a valer US$ 2,83 em dezembro de 2021. A MATIC hoje vale em torno de US$ 0.92.

A plataforma é hoje a casa de ínumeras criações, como tokens do metaverso, NFTs e ativos de jogos play-to-earn. Assim, a Polygon desponta como uma boa alternativa às altcoins mais conhecidas do mercado. Entretanto, é sempre bom lembrar que trata-se de um investimento volátil e que deve ser focado no longo prazo.