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“A Bolsa pode ser para qualquer pessoa”, diz Carol Paiffer, que defende a educação financeira e virada de chave cultural

Para a CEO da Atom, país precisa derrubar as crenças limitantes sobre dinheiro e investimentos

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Data de publicação
20 de abril de 2022
Categoria
Investimentos

Apesar dos avanços, menos de 3% da população brasileira investe na Bolsa. De acordo com Carol Paiffer, CEO da Atom, o caminho para a popularização do mercado financeiro está na educação. É preciso virar a chave cultural. 

“Muita gente fala que o mercado é complicado, mas não é bem assim, é uma questão de aprendizado. Infelizmente, no país a gente cresce com crenças limitantes sobre dinheiro e investimentos. Investir na Bolsa nada mais é do que comprar barato e vender caro”, disse Paiffer em live da Semana da Renda Variável da Vitreo, futura Empiricus Investimentos, nesta terça-feira (19/04). Foi uma conversa com o trader Rogério Araújo e o analista técnico Filipe Fradinho, que atuam na plataforma de investimentos.

Conforme ela, para o Brasil se desenvolver de fato, precisa mudar da cultura do endividamento para a cultura dos investimentos. 

Aos 34 anos, ela lidera junto com seu irmão a maior empresa de traders da América Latina, a Atom (ATOM3), listada em Bolsa. Além de oferecer cursos, os profissionais contratados pela companhia são remunerados com ao menos 80% dos lucros obtidos a partir das suas próprias operações. Paiffer também comanda o canal Vida de Trader no YouTube.

Condições favoráveis para começar

Conforme ela, a Bolsa está descontada, negociando a um P/L (índice preço sobre lucro) muito abaixo da sua média histórica. “Está muito barata, uma oportunidade para as pessoas. Com o dólar ainda a R$ 4,70, para os gringos, está a preço de banana”, ressalta sobre o bom ponto de entrada e o fluxo de investimentos estrangeiros. 

Mesmo sendo trader profissional, ela defende que as pessoas iniciem o processo de outra forma. “Começar com investimentos de longo prazo é obrigatório”. Com isso, é possível entender a dinâmica de mercado e ter a possibilidade de ganhar com a valorização dos papéis e a distribuição de dividendos.

Entretanto, para quem quiser aprender day trade, swing trade ou position trade e obter retornos com essas operações mais ágeis e de curto prazo, aproveitando a volatilidade para comprar e vender ações, as condições nunca foram tão favoráveis. Segundo ela, atualmente, existem simuladores para praticar, o que é uma enorme vantagem, pois não é necessário operar em uma conta real ou colocar dinheiro.  “Hoje, tem aulas e conteúdo de qualidade sendo compartilhados em redes sociais, excelentes profissionais fazendo operações em salas de trading ao vivo e existem os minicontratos e até a corretagem zero”, completa. 

Para quem ainda não está por dentro, o day trader realiza operações em um dia, já o swing trader acompanha tendências de mercado por mais de um dia e o position trader mantém algumas posições por semanas ou meses, identificando oportunidades de ganhos com as oscilações de preços. 

Ganhos pessoais ou nova profissão

Saber operar na Bolsa é uma oportunidade para ganhar dinheiro e até para se desenvolver em uma nova carreira. “Hoje, os profissionais do mercado financeiro são altamente demandados e bem remunerados por assets e corretoras”, disse a CEO da Atom em painel da Semana de Renda Variável da Vitreo.

Ela destaca ainda que nos Estados Unidos, as pessoas costumam ser multi-receitas, isto é, procuram ter mais de uma fonte de renda, o que é saudável para as finanças pessoais e até para os negócios, no caso dos empreendedores. 

Porém, aqui no Brasil, a realidade é diferente. “Os brasileiros precisam aprender a investir, colocar o dinheiro para trabalhar”, conclui. 

Vale a pena acompanhar, na íntegra, esse bate-papo interessante com Carol Paiffer, CEO da Atom. Assista agora ao vídeo: