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IPCA-15 salta 1,73% em abril, mas por ser concentrado, ganha força a expectativa de fim de ciclo de aperto monetário com Selic a 12,75% ao ano, diz economista-chefe da Empiricus

Confira a análise de Fernanda Mansano sobre a alta da inflação e o que está em jogo em relação à taxa básica de juros

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Data de publicação
27 de abril de 2022
Categoria
Investimentos

Nova surpresa com o avanço dos preços no país. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 ) ficou em 1,73% em abril, frente ao mês anterior, segundo o IBGE. Foi o maior indicador para o mês em 27 anos. 

Segundo Fernanda Mansano, economista-chefe da Empiricus, o resultado ficou abaixo das projeções do mercado, que esperava uma alta de 1,84%.

 E o que chama a atenção é que as maiores contribuições para o salto do IPCA-15 vieram dos setores de transportes – pegando a alta dos preços dos combustíveis, e de alimentos. Esses dois setores representaram 70% do resultado no mês de abril. 

Conforme Fernanda, o mercado de juros futuros reagiu com queda em toda a curva, uma vez que o indicador mostra o quanto a inflação está concentrada, excluindo a possibilidade de uma tendência inflacionária nos próximos meses. 

Nesse cenário, a economista destaca que prossegue a expectativa do mercado de um aumento de um ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, para 12,75% na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, marcada para quarta-feira (04/05). “Ganha força que essa será a taxa terminal do ciclo de alta de juros”, diz.