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FoFs Melhores Fundos ‘ignoraram’ volatilidade e tiveram performance positiva em julho; fundo global é destaque, com 32,78% de alta em 12 meses

Em live mensal, os analistas da Empiricus comentaram o cenário enfrentado pela família FoF Melhores Fundos da Empiricus Gestão no mês de julho.

Por Mariana Pavão

16 ago 2024, 11:26 - atualizado em 16 ago 2024, 11:26

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Crédito: iStock.com/ MicroStockHub

Em transmissão promovida pela Empiricus Gestão em seu canal do YouTube, Bruno Mérola, responsável pela série Melhores Fundos da Empiricus, e Yasmin Orozimba, analista de fundos da Empiricus Gestão, comentaram o cenário econômico e rentabilidades referente à família de FoFs da gestora no fechamento de julho. 

O mês trouxe bons resultados e com rentabilidade positiva, com destaque ao fundo Global que fechou o mês com rentabilidade de 2,9%, somando alta de 32,78% nos últimos 12 meses.

Além disso, os analistas destacaram o Multiestratégia e Melhores Fundos Multimercados, com valorização de 2,90% e 1,33% respectivamente.

Julho marcado por mudanças globais e resiliência no Brasil

Em um período marcado por otimismo e volatilidade, o mês de julho e o início de agosto foram marcados por movimentos importantes no cenário econômico global, com impacto significativo nos mercados. 

“Julho foi um mês em que alguns movimentos, de fato, mudaram globalmente. A gente viu tudo o que aconteceu relacionado às eleições americanas, o atentado ao Trump, a mudança de candidato e o impacto que isso teve nos ativos”, afirmou Bruno. 

Ele também destacou o impacto positivo no mercado de criptomoedas. “Cripto aumentou muito, o otimismo com cripto, no momento em que o Trump quase se consolidou como vitorioso naquela semana ali do atentado”.

No Brasil, o cenário foi diferente. “Aqui a gente não só manteve juros ao longo do mês, como os gestores também têm aumentado a percepção de que vai ter que subir juros nos próximos meses, diferente de lá fora que talvez corte“, explicou. A expectativa de aumento contínuo das taxas marcou o mês.

Yasmin complementou com outros eventos do período. “Julho ficou marcado pelo rotation trading, que foi um fluxo de recursos para as small caps americanas, mercados emergentes e bolsa europeia. A gente teve a decisão do FED de manter juros nos níveis atuais e algumas divulgações de dados econômicos que reforçaram a ideia do soft landing“.

Ela também mencionou a elevação das taxas de juros pelo Banco do Japão, que trouxe volatilidade global, especialmente na última semana de julho e primeira semana de agosto.

Apesar da volatilidade global, o mercado brasileiro mostrou resiliência. “No Brasil, o Ibovespa fechou positivo no mês, e o Copom manteve a taxa de juros nos níveis atuais”, destacou Yasmin.

Fundo Multiestratégia fecha período alta de 2,09% e é destaque na carteira

Entre os destaque apresentados, o fundo Multiestratégia fechou o período com um ganho sólido de 2,09%, impulsionado principalmente por três classes de ativos: o CRPT11, que se destacou com uma alta de 8,41%, o fundo multimercado Ibiuna Long Short e o Long Only Pátria Pipe. No entanto, nem tudo foi positivo; os fundos Giant e Moat foram os detratores da carteira, registrando resultados negativos.

Bruno destacou que “o mês foi particularmente bom para os melhores fundos multiestratégia, incluindo o Global e o Previdência, que também tiveram um desempenho positivo”. Ele acrescentou que “o Ibiuna Long Short merece uma menção especial, com uma rentabilidade impressionante de 8%“. 

Ainda sobre o Multiestratégia, o Pátria Pipe, que vinha sendo questionado por investidores devido a um drawdown significativo desde o final de 2020, apresentou um desempenho forte em julho. Bruno observou que “isso pode ter trazido um alívio para os investidores que estavam preocupados com as mudanças institucionais que ocorreram após a aquisição da gestora chilena Moneda”

Diversificação é a chave para resultados dos fundos multimercados

Yasmin comentou que “os fundos multimercados continuam enfrentando um cenário desafiador, impactado por questões macroeconômicas, como a persistência da alta de juros, risco fiscal e tensões geopolíticas”

Mesmo assim, em julho, alguns fundos conseguiram se destacar. “O Empiricus Melhores Fundos Multimercado registrou uma alta de 1,33%”. 

Bruno analisou que “a carteira de multimercados é conhecida por sua consistência, sendo montada com uma diversificação muito bem pensada, incluindo macro-tradicionais, sistemáticos e long and short“. Ele afirmou que “essa diversificação tem se mostrado eficaz ao longo do tempo, especialmente quando comparada com a média da indústria”.

Desempenho FoFs Melhores Fundos de Ações e Global

Passando para o segmento de ações, Yasmin destacou que “a Bolsa Brasileira fechou julho com um ganho de 3%, embora ainda acumule uma queda de 4,87% no ano, sendo um dos piores desempenhos entre os mercados globais”. 

No Empiricus Melhores Fundos Ações, o destaque positivo foi para o Pátria Pipe e o Rix Capital, enquanto os fundos Alasca e Forpos Ações ficaram do lado negativo.

Bruno comentou que “o desempenho positivo dos fundos cíclicos, como Pátria e Rix, reflete o bom momento das posições mais sensíveis à economia“. Em contrapartida, “os fundos Alasca e Forpos, que têm uma exposição maior a large caps e infraestrutura, respectivamente, não acompanharam esse movimento”.

Yasmin concluiu abordando o FoF Global, que “conseguiu capturar a alta volatilidade do dólar no início de agosto, com a moeda atingindo R$5,80”. Ela destacou que “o fundo tem se beneficiado dessa volatilidade e também do desempenho positivo dos ativos internacionais, o que reforça a importância de uma estratégia global diversificada”.

Pesquisa mensal com gestores de multimercados traz posições defensivas

Bruno também compartilhou insights da pesquisa mensal realizada com 42 gestores de multimercados. A pesquisa de agosto mostrou que “os gestores ficaram mais pessimistas ou menos otimistas desde abril, com muitos entrando em posições mais defensivas ou reduzindo o risco geral”

No Brasil, a principal preocupação continua sendo a saúde fiscal, o que tem levado os gestores a “manter posições significativas em juros reais, especialmente no curto e médio prazo”.

Nos Estados Unidos, a expectativa de cortes de juros pelo Fed tem gerado “apostas na inclinação da curva de juros, refletindo a visão de que os juros devem cair de 5,25% para algo próximo de 4%”. 

Esse otimismo em relação ao cenário global contrasta com o pessimismo em relação ao Brasil, criando um dilema para os gestores sobre como posicionar suas carteiras.

Para conferir todos os detalhes dos resultados e perspectivas dos analistas, bem como as respostas às dúvidas dos assinantes,  assista à transmissão completa no vídeo abaixo. 

Sobre o autor

Mariana Pavão

Redatora dos portais Empiricus, Seu Dinheiro e MoneyTimes.

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