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Quanto ter em ações na carteira? Hora de aumentar? | Seleção Empiricus #8

Um bate-papo sobre um dos assuntos mais importantes do mundo dos investimentos: ALOCAÇÃO

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Data de publicação
6 de novembro de 2020

O time de craques da Seleção Empiricus dessa semana conta com Max Bohm, João Piccioni, Luiz Rogé e o convidado Jojo Waschmann, da Vitreo.

1:20 O mediador, Ricardo Mioto, já começa a conversa com uma provocação: como distribuir o dinheiro em um portfólio de longo prazo?

Jojo traz uma história real, contando sobre a carteira montada para seus filhos. Alguns erros e acertos os trouxeram para o portfólio atual, que está bem balanceado e diversificado. Além disso, Waschmann diz que vale ter uma exposição em variação cambial em ações exteriores, por exemplo.

Rogé responde que a parte do portfólio alocado em Renda Fixa deve ser em NTN-B, que tem pouca inflação e um pouco de juro real. Hoje em dia existem outros instrumentos que estão caminhando para a Renda Fixa, como os Fundos de Participação, que tem intenção de imposto de renda e proteção contra inflação, que hoje é uma incógnita.

Já Max diz que todo o seu dinheiro para longo prazo está alocado no Fundo de Superprevidência da Vitreo, mas que é importante ter na carteira empresas que paguem bons dividendos, um pouco de renda variável, empresas no exterior, boas companhias nacionais e por fim, moedas.

E João, por sua vez, fala que é importante prestar muita atenção na hora de escolher os ativos em que se investir e dar preferência para ativos que se substituam ao longo do tempo.

15:22 Sobre os investimentos no exterior, falamos muito em diversificação geográfica. Com o câmbio alto, muitos investidores tem medo de colocar o seu dinheiro fora do país. E agora?

João já coloca que é essencial ter uma parte dos investimentos em dólar, ainda mais com o juros do jeito que estão. Jojo concorda que é preciso ter câmbio na carteira, afinal embora o Brasil seja muito grande em território, nossa vida é extremamente dolarizada.

Já Rogé diz que investir em Renda Fixa no exterior é uma alternativa, mas que ainda existe um diferencial de taxa muito grande. Conforme já colocado anteriormente, diversificação é essencial.

21:37 Dando sequência ao bate-papo, Mioto traz uma pergunta da audiência: quando existe muita diversificação, o investidor não corre o risco de ficar sempre na média?

E Jojo começa a resposta dizendo que quem diversifica não quer ganhar uma corrida de 100 metros. É uma questão de preservação de patrimônio. O retorno provavelmente será sim, na média, mas ao final de um prazo longo é possível que essa pessoa tenha mais dinheiro do que outra que investiu em apenas um ativo.

30:36 Continuando no mercado exterior, é possível dizer ainda que o mercado brasileiro ainda tem mais possibilidades de arbitragem do que o mercado americano?

João coloca seu ponto de que a dificuldade é a mesma. Jojo diz que há um tempo atrás a estratégia para se bater o índice no Brasil era mais clara e hoje, por conta do número de empresas listadas na Bolsa, esse desenho já é mais difícil.

33:16 A última temporada de balanços foi muito positiva e a pergunta da vez é se é hora de aumentar um pouco o risco em renda variável.

Max acha que sim. É preciso lembrar que a Bolsa é composta pelas melhores empresas do país, que de um jeito ou de outro, estão conseguindo atravessar esse momento mais difícil. Por outro lado, é necessário saber no que investir, uma vez que em seu ponto de vista, a maioria das empresas estão mal precificadas e ainda existe muita incerteza no que vai se suceder nos próximos meses por conta do cenário que estamos vivendo. João concorda e diz que a pandemia de fato ofuscou muitos negócios e que para algumas empresas, é muito difícil pensar no longo prazo.

44:16 Falando em mudanças estruturais, Mioto pergunta à Rogé sua opinião sobre o BC Brasileiro ter ido longe demais com os cortes na Selic e o quanto o investidor deve estar desconfiado desse cenário.

Luiz diz que ele próprio é um dos que desconfia, e que de fato o Banco Central foi longe demais, inclinando a curva para o médio e longo prazo, por conta do exagero da queda da Selic.

58:37 Caminhando para o final do bate-papo, voltamos para os investimentos no exterior: qual é o melhor, investir em BDRs ou abrir uma conta no exterior?

João acha que existem vários caminhos para esse tipo de investimento, e as BDRs é um deles, mas talvez com elas você não tenha todas as opções além do preço de oferta e de compra estarem muito defasados e as empresas não possuírem liquidez suficiente para concertar essa situação.

Jojo completa que hoje em dia o investidor tem inúmeras maneiras de investir fora do país, mas em sua visão, abrir uma conta no exterior é muito caro para quem vai investir pouco, além da legislação e até mesmo da barreira linguistica para algumas pessoas. Por isso, na sua opinião, é preciso observar caso a caso.

1:05:33 Para finalizar, Mioto pede para João escolher apenas uma tech americana para investir e sua reposta é a Apple.

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