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Entre alguns dos desafios que a economia americana enfrenta atualmente e devem entrar na agenda de Donald Trump, estão a desigualdade de renda e o nível de desemprego.
Por isso, na mesma linha do presidente Joe Biden, Trump deverá concentrar esforços na revitalização da manufatura e infraestrutura, que atualmente representam uma fatia reduzida do emprego total.
“O reshoring — o movimento de repatriar operações industriais para os Estados Unidos — desponta como uma estratégia promissora para estimular o crescimento e reequilibrar o mercado de trabalho”, explica o analista de macroeconomia da Empiricus Research, Matheus Spiess.
Alguns setores da economia americana que podem ser destaques em 2025
Indústria, construção e outros setores tradicionais, vinculados à economia real, com o retorno das vagas de emprego para o país, poderiam criar um cenário favorável para investimentos baseados em teses de value investing — empresas com fundamentos sólidos e preços atrativos. Segundo Spiess, isso seria um contraste com as estratégias de growth investing, historicamente dominadas por big techs.
“Isso reforça minha convicção na eficácia de estratégias temáticas no mercado americano, especialmente em empresas de pequeno e médio porte (small e mid caps)”, afirma o analista e completa: “Esses segmentos, frequentemente subestimados, oferecem um terreno fértil para ganhos substanciais, particularmente em ciclos de revitalização econômica impulsionados por setores industriais.”
Setor energético também pode se destacar
O presidente dos EUA também apresentou um plano ambicioso de desregulamentação no setor energético, priorizando a autossuficiência energética dos EUA.
As medidas propostas incluem:
- Simplificação de processos de licenciamento;
- Revisão de regulamentações que impõem custos excessivos à produção de energia;
- Utilização de poderes de emergência para aumentar a produção nacional.
“Essas iniciativas têm o potencial não apenas de reduzir custos de produção, mas também de atuar como um dos poucos vetores de alívio inflacionário em sua gestão”, avalia Spiess.
Proximidade de Trump e CEOs do Vale do Silício ainda deve render frutos
Aliás, a visão otimista do analista para segmentos mais tradicionais não implica na redução dos ativos de tecnologia do portfólio.
“A relação próxima de Trump com figuras-chave da tecnologia, como Elon Musk e Mark Zuckerberg, juntamente com sua afinidade com a indústria de criptomoedas, sublinha uma parceria com tendências e líderes que podem moldar mercados de maneira significativa”, constata Spiess.
Além disso, o analista também ressalta que a proximidade de Trump com as criptomoedas – como evidenciado com a sua própria memecoin – deve beneficiar tanto investidores quanto a narrativa econômica do país.
Enquanto o governo Trump anuncia suas primeiras movimentações, os analistas da Empiricus Research liberaram uma lista com recomendações de investimentos, atualizada mensalmente. Confira o relatório gratuito com 10 ações internacionais para investir em janeiro.